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25/07/2012

Previdência Social tem rombo de R$ 2,75 bilhões em junho!

A Previdência Social registrou um déficit de R$ 2,757 bilhões em junho, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira pelo Ministério da Previdência. O valor, que representa um crescimento de 38,1% sobre o mesmo período do ano passado,  é resultado de uma arrecadação líquida de R$ 21,631 bilhões e de uma despesa com pagamento de benefícios de R$ 24,389 bilhões. Em junho de 2011, o resultado previdenciário havia sido negativo em R$ 1,997 bilhão - valor corrigido pelo INPC. Dessa forma, o crescimento do déficit nas comparações entre os meses de junho foi de 38,1%.No acumulado do primeiro semestre de 2012, o déficit da Previdência já soma R$ 20,780 bilhões. O rombo é levemente maior (0,1%) do que o verificado na primeira metade de 2011, de R$ 20,749 bilhões. De janeiro a junho deste ano, a Previdência arrecadou R$ 127,103 bilhões e teve despesas com benefícios no total de R$ 147,883 bilhões. Os valores acumulados também são corrigidos pelo INPC.

22/07/2012

O QUE ENTENDEMOS POR CAPITALISMO BUROCRÁTICO?

Entendemos por capitalismo burocrático o capitalismo engendrado pelo imperialismo nos países atrasados. No Brasil ele foi untroduzido primeiro pelos ingleses e em seguida pelos ianques. Diferentemente dos países desenvolvidos, cujo capitalismo se desenvolveu a partir de surgimento de uma burguesia autóctone que, após destruir o Estado feudal desponta como classe dominante, no Brasil o capitalismo foi engendrado pelo capital financeiro que hegemonizara o capital com a passagem da livre concorrência ao monopólio, através da exportação de capitais e da política colonial. Este capital vindo de fora se funde com os capitais de origem feudal e se assenta nas velhas relações semifeudais para, sobre elas, desenvolver um capitalismo de aparência. É capitalismo de aparência porque nosso país serve única e exclusivamente de hospedeiro para os capitais forâneos aqui se nutrirem de nossas matérias primas, nossa força de trabalho e de nosso poder de consumo para, em seguida, remeterem para suas matrizes aquilo que constitui a essência da reprodução do capital, ou seja, o lucro.Em dado momento acontece a fusão destes capitais com a máquina do Estado, que passa a direcionar os recursos arrecadados no país, através de impostos escorchantes e um conjunto de políticas, para encher as burras dos bancos e das transnacionais que aqui passam a operar. A transferência de renda se dá através de dívidas contraídas por empréstimos com juros abusivos e as encomendas de obras de infraestrutura e, também, pelo incremento de uma burguesia associada subalternamente aos interesses imperialistas e nutrida com os recursos públicos sob a forma de empréstimos, financiamentos e renúncia fiscal. Esta grande burguesia se compõe de duas frações: uma comercial e bancária, denominada burguesia compradora; e a outra industrial (ademais das empresas estatais), denominada burguesia burocrática. Estas frações da grande burguesia se desenvolvem num processo de pugna pelo controle do aparelho do Estado e de conluio para impedir qualquer possibilidade de ascensão do proletariado e seus aliados ao poder de Estado.Esta digressão é necessária para podermos compreender porque o Estado brasileiro em toda sua história, dita republicana, mantém a mesma característica mesmo passando por certos movimentos como o golpe getulista de 1930, a chamada redemocratização de 1946, o golpe de Estado de 1954 e o de 1964 com seu decorrente regime militar, a "nova república" de Sarney e os gerenciamentos de Cardoso e Luiz Inácio.